sábado, 18 de dezembro de 2010

A Estrada


Sigo irremediavelmente por esta estrada sem saída,
por este caminho sem retorno,
por este infindável labirinto,
onde a vida pelo teu cruel vício é atraída.

Entrego-me àquilo que aos poucos me consome,
pois já não sei viver de outra forma.
Entrego-me à droga, ao álcool, entrego-me a ti.
E num ciclo vicioso o destino se transforma.

Alheio à passagem do tempo sigo com agrado,
sigo até que o vício me desiluda,
pois de outro modo não consigo libertar-me.
Mas hoje, finalmente, desiludiste-me; obrigado.

Fotografia da autoria de pinkparis1233


3 comentários:

  1. "pois de outro modo não consigo libertar-me.
    Mas hoje, finalmente, desiludiste-me; obrigado."

    Também precisava de uma desilusão que me libertasse.

    Tá bonito, sim :)

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